quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

O RECOMEÇO

 Aqui estou. Depois de longos anos sem nada postar. A vida desde aquele dia foi uma aventura, como sempre é. Sei disso, mas a vida nós mostra que mesmo com todos os fim que nós acomete, as vezes de maneira forçada, nós, simples seres humanos, somos obrigados a evoluir, mesmo contra a nossa vontade. Estou aqui hoje, muito diferente daquele dia. É dolorido aceitar algumas mudanças que são impostas pelo nosso medo, pelo nosso ego ou simplesmente pela nossa sobrevivência. Mas como digo, o medo nunca foi um bom conselheiro. 


A vida parece caminhar em passos de formiga, como se o tempo se arrastasse e a nossa estadia aqui na terra fosse um castigo. Mas, na minha humilde concepção a vida passa feito um foguete, as vezes uma Discovery que vai e volta sem problemas. As vezes como uma Challenger que explode logo no inicio ou as vezes como uma Columbia que explode quando estamos quase alcançando nossos objetivos. 

Hoje, como esse lindo dia, posso afirmar que durante diversas vezes meu foguete explodiu, mas não por forças estranhas a mim, mas por mim mesmo. Aquela covardia que eu tanto temia me abraçou, me mimou, me ofertou café e me deixou confortável. Assim, os dias foram passando como se todos fossem iguais. Como se cada dia fosse uma mera copia do outro, como se cada dia fosse apenas uma ilusão.

Quando escrevo isso e se alguém lê isso, pode pensar que tudo está acabado, que desde aquele último texto nunca mais dei volta na minha vida. Mas, tive boas surpresas nessa caminhada, que me alimentam com esperança. A vida é cíclica e quando tudo parece perdido, somos renovados com desafios diários. A pouco mais de três anos, vi dar seu primeiro suspiro a minha filha Maria. De dentro da sala de cirurgia, quando a obstetra cortou a carne da minha esposa e de dentro dela puxou dois pezinhos pelas suas mão, e você observa aquele corpo minusculo todo enrugado e olha como se fosse apenas uma boneca e de repente, de uma força misteriosa que só o universo é, aquele corpo inerte respira pela primeira vez, é nítido aos olhos a força que faz para dar o primeiro suspiro, a ignição da vida, o inicio de tudo. E ao pegar no colo, aquela frágil vida, você percebe por um instante que a vida é um mistério eterno. A vida é linda meu amigos. A vida é fantástica. É hoje, todos os dias quando acordo, me aproximo no quarto dela e nas pontas dos pés fico observando ela respirando e isso é tão intimo e lindo ao mesmo tempo, que poderia ficar ali por horas. Todo esse invisível que não enxergamos é a vida, seja no ar que respiramos ou no vírus que evitamos. A vida se decifra naquilo que não vimos, e ela passa quando negamos enxergar aquilo que está no nosso lado. 


quinta-feira, 5 de julho de 2012



FIM. Uma palavra que se pronuncia em um segundo, mas sua pronuncia pode ecoar pelo resto da vida dos seres humanos. Entretanto, o que aprendemos durante a vida é que o fim sempre abre uma porta para um novo começo. O fim é necessário, sem o fim dos ciclos iríamos se transformar em genocidas esganados por coisas fúteis. O segredo é conviver com o fim, aceitar o fim e recomeçar a partir daí. Porém, a grande maioria é incapaz de lidar com essa palavra. As pessoas não aceitam o encerramento de um ciclo, esquecem de ler o manual de instruções do inicio das nossas vidas é está lá, escrito em letras garrafais.

Manual de instruções da vida.

1 – A VIDA É CONTINUA.

E se a vida é continua e insistimos em não dar fim a algumas coisas do nosso passado estamos congestionando o nosso futuro. A humanidade acha que sabe lidar com o fim, mas lida de uma maneira extremamente comercial. Foi essa saída que achamos para sobreviver e acreditar na satisfação. Contudo, o fim de um ciclo é sempre esperado. Às vezes desejamos, às vezes temos medo, o mesmo medo que nos impede de começar algo novo é aquele que lança a ancora no oceano da mesmice e assim sem sair do lugar, somos obrigados por nos mesmo a aceitar as oposições impostar por nossos medos e o medo como todos sabem, nunca foi um bom conselheiro.

 Porém, o fim chegou, e chegou da maneira que mais gosta, sem avisar nada, de surpresa. Sem saber por que, e sem conseguir dar respostas. Parece loucura, mas, partindo do ponto de vista que o universo é infinito, o fim pode sempre estar a um passo de nos. Ou até mesmo no nosso lado. A pergunta que fica é:  O que você vai fazer para ter um final feliz?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Hiliato

Em noites como essas onde o sentir toma lugar, diplomacia e gentilezas são formalidades superadas, sim a noite só resta ser boa, o som do mar persevera na palma da mão e me confundi, punge, o que foi real, agora é sonho, o amanhã é movimento, é hialino a ponto de ser.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Como é mesmo que se pergunta?


“Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe”

Hoje você já se perguntou “de onde”? Já se perguntou “pra onde”? Já se perguntou o sentido que existe entre o “de onde” e o “pra onde”? Se você não se perguntou eu pergunto, quando você parou de se perguntar?

Era uma vez um povo sedento por respostas. Queriam ser respondidos, mas nem tudo o que eles queriam eram as respostas. Queriam também perguntas. E através das perguntas buscavam respostas sobre o “nascer”, sobre o “viver”, sobre o “partir”. Buscavam respostas para perguntas difíceis, aventurando-se até mesmo em perguntar sobre o “simples” existir. À medida que perguntavam se aproximavam perigosamente do que procuravam. Inclusive da resposta à pergunta mais difícil, aquela que poucos ousam admitir. “Pergunto-me, logo existo”. Não foram bem essas as palavras, mas foi mais ou menos esse o pensamento que um sábio perguntador um dia resolveu proferir.
Mas tamanha sede por respostas acabou por afogar este povo. E ironicamente afogaram-se em suas próprias respostas. Porque as respostas se tornaram um produto valioso e já não importava mais quem as proferia, o importante era tê-las. Diante da grande demanda por respostas faltou tempo para as perguntas. E perante a falta de perguntas começaram a sobrar respostas. Então, como num divórcio existencial, perguntas e respostas deixaram de viver juntas. Respostas acumuladas de um lado, perguntas sem sentido de outro. Assim o povo hipnotizado por tantas respostas sucumbiu..., e acabou por esquecer o sentido das perguntas.

Uma vez li que uma das características que diferenciava nós, os seres humanos, dos outros animais, era justamente a capacidade que tínhamos de nos perguntar. Mas aí eu pergunto: como é mesmo que se pergunta?

http://universodomad.blogspot.com/

MAD (Vulgo Rafael M.B.)

sábado, 19 de novembro de 2011


Quando era, foi. Aonde? Não sei.
Hoje, não, anteontem notem, não tem.
Alo? Oi como andas?
Bebedado, dever estar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Burgues


De tantas noites sem dormir, já não gosta mais das cores do dia.
De problemas burgues a tiros, surdez!
Faz rima para rico rir, nas cores do dia!
Empobrece alma, lucidez!
Quanta nostalgia num dia!
Burgues.

Jordane

sábado, 22 de outubro de 2011

Cotidiano:



Eita semana boa!/Morena que pele linda;/Diz que é doida!/Digo viva!
Semana quente, no espetáculo do dia-dia, o teatro ressurgiu, na rua quem passou viu!
Mas tem cosa ai!
No caminho para casa! Muita gente se vê, não tem como saber se é a morena sedutora ou a atriz encantadora.
Meus parceiros dão conselho, vou arruma trabalho até no banheiro. Sem cai no desespero talvez um samba maneiro, eu danço com dinheiro!
Eita semana doida, muita gente conheci, nas nuvens vi, gente nossa mora perto, aperto! Mando beijo, pago vinho, prazer imenso em servir!
Semana correndo já passou, vamos ver o que acontece, na noite quente de Floripa, cerveja boa deve ter, vem morena vem, atriz nata vem também! Que sonho bom, pena que acordei!


Jordane

sábado, 15 de outubro de 2011

Poema dos desejos


Procurando o que já perdeu. Esqueceu que perdia, quando acho não quis;
Comovendo os olhos, esperar não podia, quando tinha se fez;
Atraindo olhares, quando vê não enxerga, quando vir, nudez;
Esperando já perdeu. Perdia e esqueceu, quando não tinha, quis.


J.C

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma, duas, três.


Difícil quando, lugar a chegar, não vai.
Razão sua, não têm.
Bem, assim sou.
Em noites ruins, você esta.
Te julgo, se caso for.
Bêbado no bar estará.

Na lua cheia, quando chegar.
O mar anil, no oceano reluz.
Olhos lindos, eu imagino.
Cabelos de fogo, ela têm.
Nem serpente, nem vampiro.
Boto amazônico é.
Basta saber, eu sei.

Sou eu agora, a persona.
Não percebeu? As mulheres.
Uma antes, outra agora.
Uma deusa, outro boto.
Pescar agora, eu vou.

Jordane Câmara

domingo, 9 de outubro de 2011

Bom dia do escravo.



A voz arredia que invade a tranquila fala do poeta, em manhãs de primavera, onde o som dos pássaros, a brisa do mar, até mesmo o minuano cortando o rosto não passam de lembranças. Perturbado ainda com os primeiros raios de sol, aquele sussurro lhe deseja bom dia, como a ordem do sinhô para o escravo, nunca será um bom dia, não para o indigente que não é dono de sua própria liberdade. Mesmo liberto dos grunhidos o escravo não tem nada a fazer, a não ser procurar sua família, quando negado seu desejo seu dia não é bom. No teatro aristocrático os negros ganham um papel, triste como sua história. O libambo aprisiona seus dias, não existe Helenas, Afrodite, nem Dionísio. Não existe espaço para felicidade. Uma vida inteira do desejo, da busca interminável, do sonho não realizado, da conexão interrompida esse é o bom dia do escravo poeta. Não ganhou papel e lápis para descrever seus próprios sonhos, agora da mão do historiador suas anciãs revelam-se. Ele também sonhava, também queria um bom dia, não sabemos de suas individualidades, mas quando reunidos celebravam sem pudor, sem patrão, sorridentes e capazes. Suas vidas incógnitas ganham as academias, suas individualidades serão expostas, mesmo que não seja num bom dia.






Jordane Câmara

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mefistofeles no velorio


Mortificação, dor, saudades nada disso ela sente.

O corvo traz a mensagem ao poeta vivo.

Ele vê a tragedia em sua frente, o corvo sorri pois sua felicidade e' o desencanto;

como a morte e' para o vivo, a infelicidade emana nos olhos antes brilhantes,

ele morreu, diz Platão, devia ter separado da família aos doze,

Paris, Montevidéu, Caracas, Sidney, Londres, Egito, Toquio não existe lugar que não tenha visitado,

ela prega peças, ela diz: I need new esperience! Tudo e' igual, ela ce comove, e ve em seu leito de morte apenas um quadro, uma flor e apenas uma lagrima, uma lagrima ha muito esquecida por ela. Sua outra metade, aquele que o mundo procura, um poeta.Homem solitario, sem muitas palavras, sem muitas lagrimas.

E o corvo pela ultima vez ce pronuncia a eferma: Es o que restou do seu outro eu. A morte infame, e advinhe? Sua unica flor de velorio e' de quem voce deixou ha tempos. Viva para a eternidade, conheca toda a sabedoria pois aquele que lhe podia fazer feliz, mesmo que momentaneamente preferiu a morte que experar sua lucidez!

Entao como magica o corvo some. No seu lugar Mefistofelis argumenta, Nem Dante havia pensado, imediatamente imediato! Oxum ja havia lhe dito, sunce nao houve de ve! Terminas o que comecou, ou terminarei em voce!

A mulher prepotente alienada segue seu rumo, deixa o velorio dos sentidos, alimenta seu ego, fica bebada e lembra.

O cavader se remexe, nasce novamente das cinzas do amor, Agora diferente, olha o presente e sorri friamente, Rimas eloquentes e; o que brota da mulher indecente. Moral e sutileza e' o banquete dionisiaco.


Jordane Camara

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Não sei. Não sei. Não sei. Mas, quero muito descobrir.


Às vezes mesmo entendendo nada e compreendendo ninguém nessa vida, insisto em tentar. Os meus sonhos foram derrubados por mim, enterrados por mim e jogados fora por mim. A minha criatividade e minhas idéias de que tanto me orgulhava foram para em algum lugar que ainda não descobri. Aquele, meu medo de que nada desse certo me dominou e me tornou em algo que até agora não sei. Não me reconheço, não sei o que sou e o que esperar de mim mesmo para o futuro, que parece distante, mas está ai. A pressão, colocado sobre mim, por eu próprio, infundiu os meus pensamentos, quebrou a minhas pernas e remoeu o pouco de coragem que eu tinha. Preciso achar força, mais aonde? Mais como? Preciso de algo novo. Algo revelador. E se todos os meus sonhos fosse verdade. E se eu ainda não estou preparado?

Não sei. Não sei. Não sei. Mas, quero muito descobrir.

Alceu Kunz

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A mensagem



É a imagem que me preocupa! Seu desdém ingênuo me atrai, estou em você a qualquer tempo, em qualquer lugar, não podes fugir, mas é a imagem que me preocupa. O fragmento sem reação, a dúvida que tua imagem me arremete, sua atitude pura que a mantem viva! Mas é a imagem que devo me preocupar. Não podes me entender, não podes ser não és. Figura meu passado, motiva meu futuro. Intervêm nas minhas certezas, afaga meu carinho. Abusa da sorte. Nos caminhos da vida me espera com sorriso infortúnio, sua foice afiada lança gritos malvados, ouço o sussurro mórbido que me espera. Não podes estar perto de mim, não é a hora, não acho que seja, não quero que seja, não sei, em verdade teu abraço antes revitalizador, como um banho para o jogador, como sangue para o hemofílico, perde sentido, tuas palavras destroem o calor dos teus braços, porque a imagem que importa. A imagem que mortifica o autor, este nulo de inspiração, vive para comprar as joias, os perfumes, as viagens, as luzes mas nada se compara a criação. Criar aquele abraço antes quente e apertado, só nas palavras de um poeta, sinta frio, ela esta por perto, você não viu? A imagem.







então a morte termina seu dialogo com Ulisses. O mensageiro corvo voa para informar um poeta.

sábado, 24 de setembro de 2011

O corvo sorri.


Ironizar, alternativa de viver. Diz o poeta do amor, que ainda crê nisso.

  • Pobre infeliz, não se consegue razão nessa circunstancia. - Fala o corvo aos sussurros - ,

Ainda confuso com a fala do pássaro que antes vivia apenas em contos de Poe, sem saber o que acontece com sua realidade o poeta acende mais um cigarro e caminha até a janela paralela a que o corvo putrefaciente esta. Respira com dificuldades, seu pulmão não responde a sua necessidade. Com peito frenético, agudo, lança seus dedos úmidos aos botoes de sua camisa velha. A brisa leve da primavera alivia o suor, suas pálpebras dilatadas correm o olhar na avenida movimentada, ela não esta ali, ele ainda a vê, a sente, o lençol ainda não foi lavado, serve de adorno nas noites tensas.

Como tatuagem perene na sua vida.

  • Ela virá até você, virá como cobras no silencio, pulsante, intransigente!

Como punhais, as palavras grunhidas pelo Corvo prevem o infarto já desejado pelo infame néscio. Então um sorriso amarelado pelos maços intermináveis de cigarro surge no sujeito irônico. Sorri para morte como um espartano sorri para o inimigo incapaz em batalha. Grunge em silencio mórbido: - não es tu que me desespera. Não sois você que desejo, espera foice inevitável, abraçarei sua vontade, mas não hoje.

Em sua primeira dose de heroína o poeta já gozou seus delírios, agora vive o explendor que seu organismo promove ao tentar eliminar aquela substancia acida. Semana pós semana as doses tornam-se rotina. Alivio imediato. Ele quase não lembra os motivos que o deixa triste, enquanto isso o menino cadeirante mendiga no sinal, de sua janela ele joga uma seringa, o menino sorri.


Jordane Câmara.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Você sabe exatamente onde está agora?

Você está numa cidade, junto com muita gente, e neste momento existe uma grande chance de várias pessoas abrigarem em seus corações as mesmas esperanças e desesperanças que você abriga.
Vamos adiante: você é um pontinho microscópico na superfície de uma bola. Esta bola gira em torno de outra, que por sua vez está localizada num
cantinho de uma galáxia, junto com milhões de bolas semelhantes.
Esta galáxia faz parte de um negócio chamado Universo, cheio de gigantescos aglomerados estelares. Ninguém sabe exatamente onde começa e onde termina o que chamam de Universo.
Mesmo assim, você é o máximo. Luta, se esforça, e tenta melhorar. Tem sonhos. Fica alegre ou triste por causa do Amor. Se você não estivesse vivo, algo ia estar faltando.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O que motivou o 11 de setembro


Alguém precisa ser desumano para não condenar os ataques de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas e o Pentágono por parte da Al-Qaeda e cruel ao não mostrar solidariedade para com as mais de três mil vítimas do ato terrorista.

Dito isto, precisamos ir mais fundo na questão e nos perguntar: por que aconteceu este atentado minuciosamente premeditado? As coisas não acontecem simplesmente porque alguns tresloucados se enchem de ódio e cometem tais crimes contra seus desafetos políticos. Deve haver causas mais profundas que a persistir continuarão alimentar o terrorismo.

Se olharmos a história de mais de um século, nos damos conta de que o Ocidente como um todo e particularmente os EUA humilharam os países muçulmanos do Oriente Médio. Controlaram os governos, tomaram-lhe o petróleo e montaram imensas bases militares. Deixaram atrás de si muita amargura e raiva, caldo cultural para a vingança e o terrorismo.

O terrível do terrorismo é que ele ocupa as mentes. Nas guerras e guerrilhas precisa-se ocupar o espaço físico para efetivamente triunfar. No terror não. Basta ocupar as mentes, distorcer o imaginário e introjetar medo. Os norte-americanos ocuparam fisicamente o Afeganistão dos talibãs e o Iraque. Mas os talibãs ocuparam psicologicamente as mentes dos norte-americanos. Infelizmente se realizou a profecia de Bin Laden, feita a 8 de outubro de 2002: “os EUA nunca mais terão segurança, nunca mais terão paz”. Hoje o país é refém do medo difuso.

Para não deixar a impressão de que seja anti-norteamericano, transcrevo aqui parte da advertência do bispo de Melbourne Beach na Florida, Robert Bowman, que antes fora piloto de caças militares e realizara 101 missões de combate na guerra no Vietnã. Endereçou uma carta aberta ao então presidente Bill Clinton que ordenara o bombardeio de Nairobi e Dar es-Salam onde as embaixadas norte-americanas haviam sido atacadas pelo terrorismo. Seu conteúdo se aplica também a Bush que levou a guerra ao Afeganistão e ao Iraque e continuada por Obama. A carta ainda atual foi publicada no católico National Catholic Reporter de 2 de outubro de l998 sob o título: “Por que os EUA são odiados?” (Why the US is hated?) tem esse teor:

“O Senhor disse que somos alvos de ataques porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Um absurdo! Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas. Em quantos países agentes de nosso Governo destituíram líderes escolhidos pelo povo trocando-os por ditaduras militares fantoches, que queriam vender seu povo para sociedades multinacionais norte-americanas!

Fizemos isso no Irã, no Chile e no Vietnã, na Nicarágua e no resto das repúblicas “das bananas” da América Latina. País após país, nosso Governo se opôs à democracia, sufocou a liberdade e violou os direitos do ser humano. Essa é a causa pela qual nos odeiam em todo o mundo. Essa é a razão de sermos alvos dos terroristas.

Em vez de enviar nossos filhos e filhas pelo mundo inteiro para matar árabes e, assim, termos o petróleo que há sob sua terra, deveríamos enviá-los para reconstruir sua infra-estrutura, beneficiá-los com água potável e alimentar as crianças em perigo de morrer de fome. Essa é a verdade, senhor Presidente. Isso é o que o povo norte-americano deve compreender”.

A resposta acertada, não foi combater terror com terror à la Bush, mas com solidariedade. Membros das vítimas das Torres Gêmeas foram ao Afeganistão para fundar associações de ajuda e permitir que o povo saísse da miséria. É por essa humanidade que se anulam as causas que levam ao terrorismo.

Leonardo Boff é autor de Fundamentalismo,Terrorismo, Religião e Paz, Editora Vozes, Petrópolis 2009

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O tempo é tudo aquilo que realmente temos.

O mundo acaba assim como a vida um dia vai acabar.

O fim é eminente, não existe nada que possamos fazer para que isso seja uma metáfora.

O que podemos fazer é viver.

Mas, a pergunta que fica é: Como viver e aproveitar o máximo nos dias de hoje?

Temos que nos preocupar com diversas coisas, família, estudos, trabalho, amores e etc.

A questão é entender que a vida é continua. E não reduzida e orientada pelos calendários e relógios.

Viver preso nos ponteiros do senhor do tempo é esticar a corda para a forca da vida. Ai entra o trabalho da ansiedade, que mata e destroça todos os nossos sentimentos.

A única coisa, que temos que tirar disso é que o tempo, nunca vai dar tempo ao tempo para que tudo melhore sem esforços.

O esforço é necessário, nada se tem sem esforço, nem mesmo o tempo, entender, compreender o tempo é uma virtude, e viver com ele com sabedoria poucos conseguem.

O tempo é tudo aquilo que realmente temos. A única coisa que verdadeiramente nos pertence, por isso não o desperdice.

E lembre-se, tempo não é dinheiro, tempo é o fio que move nossas vidas.


Alceu Kunz

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Citações

A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo" Anais Nin


"Viva à partir dos seus sonhos e não da sua história" Geraldo Mangela Amaral

"A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim jogar bem as que se tem" Josh Billings

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