quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Como é mesmo que se pergunta?


“Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe”

Hoje você já se perguntou “de onde”? Já se perguntou “pra onde”? Já se perguntou o sentido que existe entre o “de onde” e o “pra onde”? Se você não se perguntou eu pergunto, quando você parou de se perguntar?

Era uma vez um povo sedento por respostas. Queriam ser respondidos, mas nem tudo o que eles queriam eram as respostas. Queriam também perguntas. E através das perguntas buscavam respostas sobre o “nascer”, sobre o “viver”, sobre o “partir”. Buscavam respostas para perguntas difíceis, aventurando-se até mesmo em perguntar sobre o “simples” existir. À medida que perguntavam se aproximavam perigosamente do que procuravam. Inclusive da resposta à pergunta mais difícil, aquela que poucos ousam admitir. “Pergunto-me, logo existo”. Não foram bem essas as palavras, mas foi mais ou menos esse o pensamento que um sábio perguntador um dia resolveu proferir.
Mas tamanha sede por respostas acabou por afogar este povo. E ironicamente afogaram-se em suas próprias respostas. Porque as respostas se tornaram um produto valioso e já não importava mais quem as proferia, o importante era tê-las. Diante da grande demanda por respostas faltou tempo para as perguntas. E perante a falta de perguntas começaram a sobrar respostas. Então, como num divórcio existencial, perguntas e respostas deixaram de viver juntas. Respostas acumuladas de um lado, perguntas sem sentido de outro. Assim o povo hipnotizado por tantas respostas sucumbiu..., e acabou por esquecer o sentido das perguntas.

Uma vez li que uma das características que diferenciava nós, os seres humanos, dos outros animais, era justamente a capacidade que tínhamos de nos perguntar. Mas aí eu pergunto: como é mesmo que se pergunta?

http://universodomad.blogspot.com/

MAD (Vulgo Rafael M.B.)

sábado, 19 de novembro de 2011


Quando era, foi. Aonde? Não sei.
Hoje, não, anteontem notem, não tem.
Alo? Oi como andas?
Bebedado, dever estar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Burgues


De tantas noites sem dormir, já não gosta mais das cores do dia.
De problemas burgues a tiros, surdez!
Faz rima para rico rir, nas cores do dia!
Empobrece alma, lucidez!
Quanta nostalgia num dia!
Burgues.

Jordane

sábado, 22 de outubro de 2011

Cotidiano:



Eita semana boa!/Morena que pele linda;/Diz que é doida!/Digo viva!
Semana quente, no espetáculo do dia-dia, o teatro ressurgiu, na rua quem passou viu!
Mas tem cosa ai!
No caminho para casa! Muita gente se vê, não tem como saber se é a morena sedutora ou a atriz encantadora.
Meus parceiros dão conselho, vou arruma trabalho até no banheiro. Sem cai no desespero talvez um samba maneiro, eu danço com dinheiro!
Eita semana doida, muita gente conheci, nas nuvens vi, gente nossa mora perto, aperto! Mando beijo, pago vinho, prazer imenso em servir!
Semana correndo já passou, vamos ver o que acontece, na noite quente de Floripa, cerveja boa deve ter, vem morena vem, atriz nata vem também! Que sonho bom, pena que acordei!


Jordane

sábado, 15 de outubro de 2011

Poema dos desejos


Procurando o que já perdeu. Esqueceu que perdia, quando acho não quis;
Comovendo os olhos, esperar não podia, quando tinha se fez;
Atraindo olhares, quando vê não enxerga, quando vir, nudez;
Esperando já perdeu. Perdia e esqueceu, quando não tinha, quis.


J.C

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma, duas, três.


Difícil quando, lugar a chegar, não vai.
Razão sua, não têm.
Bem, assim sou.
Em noites ruins, você esta.
Te julgo, se caso for.
Bêbado no bar estará.

Na lua cheia, quando chegar.
O mar anil, no oceano reluz.
Olhos lindos, eu imagino.
Cabelos de fogo, ela têm.
Nem serpente, nem vampiro.
Boto amazônico é.
Basta saber, eu sei.

Sou eu agora, a persona.
Não percebeu? As mulheres.
Uma antes, outra agora.
Uma deusa, outro boto.
Pescar agora, eu vou.

Jordane Câmara

domingo, 9 de outubro de 2011

Bom dia do escravo.



A voz arredia que invade a tranquila fala do poeta, em manhãs de primavera, onde o som dos pássaros, a brisa do mar, até mesmo o minuano cortando o rosto não passam de lembranças. Perturbado ainda com os primeiros raios de sol, aquele sussurro lhe deseja bom dia, como a ordem do sinhô para o escravo, nunca será um bom dia, não para o indigente que não é dono de sua própria liberdade. Mesmo liberto dos grunhidos o escravo não tem nada a fazer, a não ser procurar sua família, quando negado seu desejo seu dia não é bom. No teatro aristocrático os negros ganham um papel, triste como sua história. O libambo aprisiona seus dias, não existe Helenas, Afrodite, nem Dionísio. Não existe espaço para felicidade. Uma vida inteira do desejo, da busca interminável, do sonho não realizado, da conexão interrompida esse é o bom dia do escravo poeta. Não ganhou papel e lápis para descrever seus próprios sonhos, agora da mão do historiador suas anciãs revelam-se. Ele também sonhava, também queria um bom dia, não sabemos de suas individualidades, mas quando reunidos celebravam sem pudor, sem patrão, sorridentes e capazes. Suas vidas incógnitas ganham as academias, suas individualidades serão expostas, mesmo que não seja num bom dia.






Jordane Câmara

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mefistofeles no velorio


Mortificação, dor, saudades nada disso ela sente.

O corvo traz a mensagem ao poeta vivo.

Ele vê a tragedia em sua frente, o corvo sorri pois sua felicidade e' o desencanto;

como a morte e' para o vivo, a infelicidade emana nos olhos antes brilhantes,

ele morreu, diz Platão, devia ter separado da família aos doze,

Paris, Montevidéu, Caracas, Sidney, Londres, Egito, Toquio não existe lugar que não tenha visitado,

ela prega peças, ela diz: I need new esperience! Tudo e' igual, ela ce comove, e ve em seu leito de morte apenas um quadro, uma flor e apenas uma lagrima, uma lagrima ha muito esquecida por ela. Sua outra metade, aquele que o mundo procura, um poeta.Homem solitario, sem muitas palavras, sem muitas lagrimas.

E o corvo pela ultima vez ce pronuncia a eferma: Es o que restou do seu outro eu. A morte infame, e advinhe? Sua unica flor de velorio e' de quem voce deixou ha tempos. Viva para a eternidade, conheca toda a sabedoria pois aquele que lhe podia fazer feliz, mesmo que momentaneamente preferiu a morte que experar sua lucidez!

Entao como magica o corvo some. No seu lugar Mefistofelis argumenta, Nem Dante havia pensado, imediatamente imediato! Oxum ja havia lhe dito, sunce nao houve de ve! Terminas o que comecou, ou terminarei em voce!

A mulher prepotente alienada segue seu rumo, deixa o velorio dos sentidos, alimenta seu ego, fica bebada e lembra.

O cavader se remexe, nasce novamente das cinzas do amor, Agora diferente, olha o presente e sorri friamente, Rimas eloquentes e; o que brota da mulher indecente. Moral e sutileza e' o banquete dionisiaco.


Jordane Camara

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Não sei. Não sei. Não sei. Mas, quero muito descobrir.


Às vezes mesmo entendendo nada e compreendendo ninguém nessa vida, insisto em tentar. Os meus sonhos foram derrubados por mim, enterrados por mim e jogados fora por mim. A minha criatividade e minhas idéias de que tanto me orgulhava foram para em algum lugar que ainda não descobri. Aquele, meu medo de que nada desse certo me dominou e me tornou em algo que até agora não sei. Não me reconheço, não sei o que sou e o que esperar de mim mesmo para o futuro, que parece distante, mas está ai. A pressão, colocado sobre mim, por eu próprio, infundiu os meus pensamentos, quebrou a minhas pernas e remoeu o pouco de coragem que eu tinha. Preciso achar força, mais aonde? Mais como? Preciso de algo novo. Algo revelador. E se todos os meus sonhos fosse verdade. E se eu ainda não estou preparado?

Não sei. Não sei. Não sei. Mas, quero muito descobrir.

Alceu Kunz

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A mensagem



É a imagem que me preocupa! Seu desdém ingênuo me atrai, estou em você a qualquer tempo, em qualquer lugar, não podes fugir, mas é a imagem que me preocupa. O fragmento sem reação, a dúvida que tua imagem me arremete, sua atitude pura que a mantem viva! Mas é a imagem que devo me preocupar. Não podes me entender, não podes ser não és. Figura meu passado, motiva meu futuro. Intervêm nas minhas certezas, afaga meu carinho. Abusa da sorte. Nos caminhos da vida me espera com sorriso infortúnio, sua foice afiada lança gritos malvados, ouço o sussurro mórbido que me espera. Não podes estar perto de mim, não é a hora, não acho que seja, não quero que seja, não sei, em verdade teu abraço antes revitalizador, como um banho para o jogador, como sangue para o hemofílico, perde sentido, tuas palavras destroem o calor dos teus braços, porque a imagem que importa. A imagem que mortifica o autor, este nulo de inspiração, vive para comprar as joias, os perfumes, as viagens, as luzes mas nada se compara a criação. Criar aquele abraço antes quente e apertado, só nas palavras de um poeta, sinta frio, ela esta por perto, você não viu? A imagem.







então a morte termina seu dialogo com Ulisses. O mensageiro corvo voa para informar um poeta.

sábado, 24 de setembro de 2011

O corvo sorri.


Ironizar, alternativa de viver. Diz o poeta do amor, que ainda crê nisso.

  • Pobre infeliz, não se consegue razão nessa circunstancia. - Fala o corvo aos sussurros - ,

Ainda confuso com a fala do pássaro que antes vivia apenas em contos de Poe, sem saber o que acontece com sua realidade o poeta acende mais um cigarro e caminha até a janela paralela a que o corvo putrefaciente esta. Respira com dificuldades, seu pulmão não responde a sua necessidade. Com peito frenético, agudo, lança seus dedos úmidos aos botoes de sua camisa velha. A brisa leve da primavera alivia o suor, suas pálpebras dilatadas correm o olhar na avenida movimentada, ela não esta ali, ele ainda a vê, a sente, o lençol ainda não foi lavado, serve de adorno nas noites tensas.

Como tatuagem perene na sua vida.

  • Ela virá até você, virá como cobras no silencio, pulsante, intransigente!

Como punhais, as palavras grunhidas pelo Corvo prevem o infarto já desejado pelo infame néscio. Então um sorriso amarelado pelos maços intermináveis de cigarro surge no sujeito irônico. Sorri para morte como um espartano sorri para o inimigo incapaz em batalha. Grunge em silencio mórbido: - não es tu que me desespera. Não sois você que desejo, espera foice inevitável, abraçarei sua vontade, mas não hoje.

Em sua primeira dose de heroína o poeta já gozou seus delírios, agora vive o explendor que seu organismo promove ao tentar eliminar aquela substancia acida. Semana pós semana as doses tornam-se rotina. Alivio imediato. Ele quase não lembra os motivos que o deixa triste, enquanto isso o menino cadeirante mendiga no sinal, de sua janela ele joga uma seringa, o menino sorri.


Jordane Câmara.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Você sabe exatamente onde está agora?

Você está numa cidade, junto com muita gente, e neste momento existe uma grande chance de várias pessoas abrigarem em seus corações as mesmas esperanças e desesperanças que você abriga.
Vamos adiante: você é um pontinho microscópico na superfície de uma bola. Esta bola gira em torno de outra, que por sua vez está localizada num
cantinho de uma galáxia, junto com milhões de bolas semelhantes.
Esta galáxia faz parte de um negócio chamado Universo, cheio de gigantescos aglomerados estelares. Ninguém sabe exatamente onde começa e onde termina o que chamam de Universo.
Mesmo assim, você é o máximo. Luta, se esforça, e tenta melhorar. Tem sonhos. Fica alegre ou triste por causa do Amor. Se você não estivesse vivo, algo ia estar faltando.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O que motivou o 11 de setembro


Alguém precisa ser desumano para não condenar os ataques de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas e o Pentágono por parte da Al-Qaeda e cruel ao não mostrar solidariedade para com as mais de três mil vítimas do ato terrorista.

Dito isto, precisamos ir mais fundo na questão e nos perguntar: por que aconteceu este atentado minuciosamente premeditado? As coisas não acontecem simplesmente porque alguns tresloucados se enchem de ódio e cometem tais crimes contra seus desafetos políticos. Deve haver causas mais profundas que a persistir continuarão alimentar o terrorismo.

Se olharmos a história de mais de um século, nos damos conta de que o Ocidente como um todo e particularmente os EUA humilharam os países muçulmanos do Oriente Médio. Controlaram os governos, tomaram-lhe o petróleo e montaram imensas bases militares. Deixaram atrás de si muita amargura e raiva, caldo cultural para a vingança e o terrorismo.

O terrível do terrorismo é que ele ocupa as mentes. Nas guerras e guerrilhas precisa-se ocupar o espaço físico para efetivamente triunfar. No terror não. Basta ocupar as mentes, distorcer o imaginário e introjetar medo. Os norte-americanos ocuparam fisicamente o Afeganistão dos talibãs e o Iraque. Mas os talibãs ocuparam psicologicamente as mentes dos norte-americanos. Infelizmente se realizou a profecia de Bin Laden, feita a 8 de outubro de 2002: “os EUA nunca mais terão segurança, nunca mais terão paz”. Hoje o país é refém do medo difuso.

Para não deixar a impressão de que seja anti-norteamericano, transcrevo aqui parte da advertência do bispo de Melbourne Beach na Florida, Robert Bowman, que antes fora piloto de caças militares e realizara 101 missões de combate na guerra no Vietnã. Endereçou uma carta aberta ao então presidente Bill Clinton que ordenara o bombardeio de Nairobi e Dar es-Salam onde as embaixadas norte-americanas haviam sido atacadas pelo terrorismo. Seu conteúdo se aplica também a Bush que levou a guerra ao Afeganistão e ao Iraque e continuada por Obama. A carta ainda atual foi publicada no católico National Catholic Reporter de 2 de outubro de l998 sob o título: “Por que os EUA são odiados?” (Why the US is hated?) tem esse teor:

“O Senhor disse que somos alvos de ataques porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Um absurdo! Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas. Em quantos países agentes de nosso Governo destituíram líderes escolhidos pelo povo trocando-os por ditaduras militares fantoches, que queriam vender seu povo para sociedades multinacionais norte-americanas!

Fizemos isso no Irã, no Chile e no Vietnã, na Nicarágua e no resto das repúblicas “das bananas” da América Latina. País após país, nosso Governo se opôs à democracia, sufocou a liberdade e violou os direitos do ser humano. Essa é a causa pela qual nos odeiam em todo o mundo. Essa é a razão de sermos alvos dos terroristas.

Em vez de enviar nossos filhos e filhas pelo mundo inteiro para matar árabes e, assim, termos o petróleo que há sob sua terra, deveríamos enviá-los para reconstruir sua infra-estrutura, beneficiá-los com água potável e alimentar as crianças em perigo de morrer de fome. Essa é a verdade, senhor Presidente. Isso é o que o povo norte-americano deve compreender”.

A resposta acertada, não foi combater terror com terror à la Bush, mas com solidariedade. Membros das vítimas das Torres Gêmeas foram ao Afeganistão para fundar associações de ajuda e permitir que o povo saísse da miséria. É por essa humanidade que se anulam as causas que levam ao terrorismo.

Leonardo Boff é autor de Fundamentalismo,Terrorismo, Religião e Paz, Editora Vozes, Petrópolis 2009

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O tempo é tudo aquilo que realmente temos.

O mundo acaba assim como a vida um dia vai acabar.

O fim é eminente, não existe nada que possamos fazer para que isso seja uma metáfora.

O que podemos fazer é viver.

Mas, a pergunta que fica é: Como viver e aproveitar o máximo nos dias de hoje?

Temos que nos preocupar com diversas coisas, família, estudos, trabalho, amores e etc.

A questão é entender que a vida é continua. E não reduzida e orientada pelos calendários e relógios.

Viver preso nos ponteiros do senhor do tempo é esticar a corda para a forca da vida. Ai entra o trabalho da ansiedade, que mata e destroça todos os nossos sentimentos.

A única coisa, que temos que tirar disso é que o tempo, nunca vai dar tempo ao tempo para que tudo melhore sem esforços.

O esforço é necessário, nada se tem sem esforço, nem mesmo o tempo, entender, compreender o tempo é uma virtude, e viver com ele com sabedoria poucos conseguem.

O tempo é tudo aquilo que realmente temos. A única coisa que verdadeiramente nos pertence, por isso não o desperdice.

E lembre-se, tempo não é dinheiro, tempo é o fio que move nossas vidas.


Alceu Kunz

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Citações

A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo" Anais Nin


"Viva à partir dos seus sonhos e não da sua história" Geraldo Mangela Amaral

"A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim jogar bem as que se tem" Josh Billings

sábado, 25 de junho de 2011

e se vc tivesse amado o outro?




Tristeza não tem fim, felicidade sim


Se o mundo, as pessoas, o universo pudesse estar em conexão;
se isso realmente fosse possível,
se isso realmente acontece,
o que você pensaria ao descobrir?

você se permitiu? Você foi um ser legal?
Pensou que isso tudo que acontece é placebo?
Que as verdades veem à tona?
Amou de verdade uma vez na vida?

Se errar é a beleza de viver, erramos mais!
Se o ódio pelo outro supera a razão você o mata? O consome?
Se você diz: dane-se, se vira, problema seu!
Então mais uma vez a logica de mercado esta correta!

Se você tivesse nascido com todas as possibilidades?
Pudesse viajar, estudar varias línguas, ser astro de cinema,
você seria melhor? Se sentiria melhor?
Semana passada o mundo chegou a casa de 7 bilhões.
São muitas vidas, muitas bocas para comer,

nos preocupamos com isso?
Você amou alguém?
Você deixaria seu amor morrer de fome?
Você abandonaria seu amor?
Você poderia amar 7 bilhões?

Se gaia é a terra e um espirito universal existisse.
Você pensaria nessas coisas...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

JIM KLEIST


‎"se sentir é criar,
e criar é estar vivo,
se estar vivo é encontrar,
e encontrar, na verdade, é reencontro,
se reencontro é privilegiar,
e privilegiar na verdade é esquecer,
posso resumir, de uma forma apressada, claro, todo o meu processo de escrever como um ato de esquecimento..

eu escrevo justamente porque esqueço..
esqueço tudo o que aconteceu.. tudo o que acabou de acontecer.. tudo o que está acontecendo justamente agora..

você sabe... estou aqui nesse café todas as noites,
como em uma espera, uma ante sala, um andar abaixo, quase como* (trecho não identificado da gravação)

eu escrevo porque é a melhor forma de se aproximar,
estar perto e não visível,
quase um desenho sonoro

você se lembra do bill evans?
vc se lembra daquelas noites no village?
ele falava daquele livro, lembra? aquele livro...

(nesse momento somos interrompidos por um grupo de amigos de jim)

vc ainda quer falar da escrita, cara? mas eu gosto mais é dos quadros..
bem.. eu escrevo.. eu escrevo porque essa foi (e sempre será) a melhor forma de não dizer..
de ocultar - tudo que se expressa aqui já é o desvio..
tudo que se representa já é limitado, vc sabe..

aquilo que sinto,
aquilo que trago aqui dentro de mais profundo,
isso eu ignoro e nunca poderei mostrar...

quando faço um filme, eu tento encarar todo esse processo como uma espécie de recordação..
eu visito as possíveis locações como se fossem vestígios de um lugar em que eu já estive..
eu olho atentamente para os atores buscando alguma sintonia improvável..
eu nunca quero o ator disponível, eu não quero aquele intérprete que quer trabalhar comigo..
eu quero justamente o que me diz não,
aquele que me ignora, que nunca me viu, que não pretende nada, que está isolado no bar pensando nas apostas que fez,
que não voltou ainda pois provavelmente não há para onde voltar..

e eu odeio terminar todo esse processo..
odeios a idéia de terminar um filme.. gosto do fotograma um a um.. gosto de ficar horas e horas no material bruto..
ali há uma música que dificilmente poderá ser ouvida novamente..

quando fiz o "blue in green", o evans me chamava toda noite.. não tinha energia elétrica na casa dele, não tinha mais bebidas, não tinha nada naquele apartamento..
a namorada dele o abandonou... a gente chegava do village e ele ficava tocando bach.. tinha uma ou outra vela por ali, vc sabe... um monte de livro de filosofia jogado...
ele me falava de uma garçonete pela qual ele se apaixonou...
mas havia tanta tristeza naquela paixão... tanta tristeza... não sei..

eu vi a dor mais profunda nos olhos daquele homem.
eu vi a solidão mais silenciosa..
afinal ele tocava todas as noites naquela época e tudo o que eu podia ouvir era o silêncio"

(trecho extraído de uma entrevista com o cineasta norte-americano JIM KLEIST (1941-1992) publicado pela revista BLOOD em fevereiro de 1963 - tradução de Rodolfo Arruda)

terça-feira, 21 de junho de 2011

E foi a infância.


Saudades do tempo em que eu não tinha medo, do tempo em que mirava em algo e tentava de todas as maneiras. Saudades do tempo em que errar era humano. O tempo passa, lentamente e a nossa coragem parece que fica lá atrás. Presa no passado, trancafiado no tempo perdido.



Quando era criança as únicas coisas que me metiam medo eram bichos imaginários, fantasmas e outras coisas não provenientes desse mundo. O meu medo era artificial e as vezes até gostoso, fazendo parte do imaginário de um menino, natural até mesmo para sobreviver. Mas, hoje meu medos são diferentes, parece ser reais e eu gostaria tanto que fosse imaginário, gostaria tanto de voltar a sonhar que eu estava caindo do alto de u prédio com a certeza de que continuaria vivo.

Que saudades de quando tudo não passava de uma fantasia e a realidade era exclusivamente preocupação dos adultos, que viviam correndo e se orgulhavam em dizer que estavam ocupados em uma reunião.

O adulto só trabalha porque não sabe brincar.

AFF...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A uma passante



A rua em derredor era um ruído incomum,
longa, magra, de luto e na dor majestosa,
Uma mulher passou e com a mão faustosa
Erguendo, balançando o festão e o debrum;

Nobre e ágil, tendo a perna assim de estátua exata.
Eu bebia perdido em minha crispação
No seu olhar, céu que germina o furacão,
A doçura que embala o frenesi que mata.

Um relâmpago e após a noite! — Aérea beldade,
E cujo olhar me fez renascer de repente,
So te verei um dia e já na eternidade?

Bem longe, tarde, além, jamais provavelmente!
Não sabes aonde vou, eu não sei aonde vais,
Tu que eu teria amado — e o sabias demais!

Charles Baudelaire

quarta-feira, 8 de junho de 2011


Falam que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Mas, depende do que é tido como espaço. Clara e gema dividem o mesmo espaço de uma forma amistosa, mas dividem. O coração divide espaço com as emoções. E o cérebro divide espaço com as razões. Eu escrevi uma teoria a respeito disso, partindo desse principio que dois corpos não dividem o mesmo espaço, pressuponho que então o amor seria algo incabível. O que acontece é que em dados momentos o espaço não aceita dividir o seu lugar com mais de uma coisa. Entretanto, o espaço é egoísta. Então, tento imaginar o enorme espaço que separa a gente. Existe um distancia relativamente longa. Portanto esse espaço não aceita a gente, o que faremos? Enfrentaremos o espaço? Não, como disse no inicio quando a gema aceita dividir o espaço com a clara, estou querendo que você entenda que uma casca de ovo possui um universo inteiramente para as duas, e assim, mesmo ela ficam separadas. Na palma da minha mão cabe o triste destino do ovo, que separa em um pequeno espaço duas coisas. Ali, o espaço aceitou dividir, mas nem um dos dois acreditou.

A distância entre nos é um espaço muito menor se comparado com medidas relativas de uma casca de ovo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

saudades

http://www.youtube.com/watch?v=6OPrFoxMHU0&feature=fvst

O fio, a circunstancia, o momento, as vozes da rua, os apelos sádicos, todos invadem sua vida, nada importa, as tolices do dia a dia acontecem! O que fazer? Apenas seguir o rumo. Vemos isso, vivemos isso, nem mesmo saudades são convenientes, bloqueada, distante, insegura, pura sim momentos onde há saudades. Para que sentir? Ilusão corriqueira, nem mesmo ouse sentir, pior droga não há, a saudades partiu, a saudades não volta, como não sentir?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama!


Osama já morreu;
de verdade eu não sei;
o homem da casa branca garantiu;
proeza igual essa ninguém nunca viu.
Uns dizem aí,
- História da carochinha;
até minha vizinha;
já falo que é mentira;
O cara aquele não morre fácil;
tamo achando que inventaram;
manipular nossa mente;
quem já fez foi o vigário,
o advogado e o presidente;
não espere que nossa gente.
compareça no velório;
esse homem barbudo;
parece Belzebu;
ai coitado;
morreu baleado,
dizem que ali no morro,
também tem tiroteio;
daqui debaixo eu não vejo,
na noticia não aparece;
só drogado e bandido,
ai tá tudo certo,
gente boa vive sempre,
nossa que proeza,
morre Osama e bandido;
só não o presidente.
A esse é honesto,
pergunte para nossa gente,
o estadunidense já falou,
agora cessou fogo,
as empresa de armamento vão fechar;
porque a guerra acabou;
to dizendo bobagem?
Acho que não, o Bin Laden já morreu.
Ou você acha que não?
Não duvide da TV ela só diz a verdade;
mesmo em panos quentes,
fala sem vaidade;
os país do estrangeiro já apoiaram a ação;
só falta os brasileiro arruma confusão!
Calma ai sangue bom;
é tudo nosso;
agora a nova guerra vai começar,
vão achar novo bandido para matar;
to querendo parar de falar;
vão achar que me aliei;
ai to fodido, não tenho vintém;
Viva a hipocrisia dessa gente;
viva para sempre os que dormem sorridentes;
para os que não tem dente;
resta um velório de resguardo;
inda bem que mataram ontem;
já penso se estragam o casamento?
Ai fica feio,
a realeza não vira noticia,
morre bandido mais conhecido da policia,
o casório até que foi bom,
mas nem todo mundo foi convidado;
precisava de uma nova noticia;
para o casal descansar,
de realeza a mutilação,
tudo é noticia meu povão.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Poema de Yarssan


na falta de poemas apelo a yarssan sempre com "as" na manga.


De um lado da rua

Uma puta velha

Toda fudida e esculachada

Nem é culpa sua, coitada

A vaidade se foi com a idade

Anos e anus de ofício

Que deixaram marcas

Não as de biquíni, claro

Só as de vara

E nem tara tinha mais

Agora era banha, buceta e bigode.



Do outro lado da rua

A musa do BBB

Uma bunda fenomenal

Um gogó protuberante

E seios exuberantes

Vaidade não sei se tinha

Pois roupa não vestia

Pra todos sempre sorria

Vai dá de noite e de dia.



Agora eu pergunto

O que te atrai mais

A verdade crua,

Ou ela travestida?

E a sua mentira

Tem lado nessa encruzilhada?



Yarssan 27/04/2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Porque esperar?


Cato, nasço, parto no ato!
Deixo! Enterro, liberto, mas afago!
Simples, razão não há só assim nato!
Crime sem precedente! Aporrinha o romântico.
Enamora a liberdade, melhor coisa não há.
Porque esperar?


Cato, Nasco, parto ato não!
Deixo! Enterro, Liberto, Afago mas!
Simples, Razão Então por isso nao nato ASSIM!
Crime precedente SEM! Aporrinha o Romântico.
Enamora uma Liberdade, Melhor Coisa nao ha.
Esperar Por quê?

Jordane Câmara

sábado, 9 de abril de 2011

Conversa fiada


Fascinante conversa fiada:
Ninguém disse nada;
Todos perceberam que alguém agiu.
Eis o momento infortúnio.
Sensação facial que normalmente o constrange.
A habilidade do disfarce, o at@r atua.

De nada adianta, ouve da varanda;
Conversa fiada escuta na rua;
Gente que nada viu.
Quem separou o que se uniu?
Algo que as vistas não abrangem;
A atriz toda nua.

Quando cruzo a estrada;
As buzinas ecoam do nada
Ninguém fugiu.
Mau agouro da bruxa vil.
Toca a e tange;
Como a luz da mais cheia lua.

Sem demora, alista na aurora; Amor da hora, tolice nubilosa;
Como amora e iogurte; Pleno de uma atuação. Nas noites que durmo;
Escuta essa canção.


Ainda nessa semana um anjo partiu;
Aquele que ninguém nunca viu;
Enamora as noites, com seu caderno e penas;
Que seja tu a próxima a rimar com esse poeta;

Palavra nula nada ajuda nessa minuta;
Aja feito chama em canaviais;
Ao dançar se permita;
Anule o nulo do nada.

Velho sapo enrugado, nato;
Ousa lamber borboletas!
Eis a insana natureza;
Cega quem viu;
O gosto das asas na boca do batráquio.


Jordane

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A VERDADE



Ninguém gosta da verdade, isso é um fato.

A verdade nos deixa encurralado contra a parede por isso preferimos as doces mentiras.

Mesmo sabendo que é mentira, nosso inconsciente absorve tentando acreditar de como seria bom que aquilo pudesse ser uma verdade. Assim, nos protegemos de uma possível decepção.

Preferimos à mentira, pela facilidade de viver. E muito mais fácil pensar em uma boa mentira que convença do que sentir a grande culpa de falar a verdade para alguém.

Somos todos falsos, que acreditamos que a verdade é uma mentira bem contada.

Os namorados adoram mentiras, as trocas de amores que duram até a primeira briga e logo depois, vem a doce e elegante mentira das flores, acompanhada dos chocolates e das juras de amores de que aquilo nunca voltara a acontecer. Como se até aquele momento tudo não passou de uma brincadeira de adolescente.

Todos amam a mentira, isso é tanto verdade que todos renegam a única verdade que carregamos durante a vida.

Um dia você vai morrer.

Isso é uma verdade. Uma verdade bem deselegante, que ninguém gosta de escutar, da mesma maneira, que aquele casal apaixonado prefere acreditar que tudo vai dar certo quando voltar.

As pessoas vivem em um mundo de promiscuidade. Elas querem ser induzidas ao medo, tanto que acreditam em tudo.

Dizem que Deus muito bondoso criou o Amor e a Fé, o diabo invejoso, criou o casamento e a religião. " Machado de Assis."

O mundo é a nossa casa, não podemos nos contentar com os sentimentos comprados.

Os verdadeiros sentimentos causam medo, medo por que quase nunca as pessoas estão preparadas para escutar uma verdade.

E conseguimos decifrar uma pessoa feliz de uma pessoa triste nesse momento.

As pessoas felizes têm uma doce maneira de lidar com a verdade, elas preferem a verdade ao amanhecer, e isso naturalmente as deixam felizes.


A verdade é o único caminho para a felicidade, pena que a falsidade impregnada no nosso inconsciente quase sempre nos leva a acreditar que isso é uma grande mentira.


"Fale a verdade, seja ela qual for, clara e objetivamente, usando um toque de voz tranqüilo e agradável, liberto de qualquer preconceito ou hostilidade." Dalai Lama

domingo, 3 de abril de 2011

Eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize.


‎"Temos que entender que tempo não é dinheiro. Essa é uma brutalidade que o capitalismo faz como se o capitalismo fosse o senhor do tempo. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, e é esse minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20 minutos eu estou mais próximo da morte. Portanto, eu tenho direito a esse tempo; esse tempo pertence a meus afetos, é para amar a mulher que escolhi, para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de Assis: isso é o tempo. A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: ‘eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize’ "

ANTONIO CANDIDO

http://www.direitos.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1663&Itemid=2

quinta-feira, 24 de março de 2011

Facebook

Compartilhar o que? se todas as coisas permeiam o esquecimento. Na loucura do cotidiano não encontramos mas algo verdadeiro a compartilhar. Apenas doces ilusões existenciais, nessas horas a bebida vai bem. Cai a noite e o vento bate nas folhas caindo do outono, isso não posso compartilhar, nunca me pertenceu, sinto, ouço, ate mesmo vejo mas passou, o vento. Todo o resto faz parte do que já foi e não volta, não ha tempo.

Jordane

terça-feira, 22 de março de 2011

O Lobo da Estepe

O livro o Lobo da Estepe de Hesse Hermann é simplesmente fantástico.

A estória de Herry Haller é contagiante e desafiadora. Chego a imaginar que o livro foi escrito para mim.

Seja bem Vindo ao teatro mágico, lugar reservado só para loucos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Poema feito em 2008...

Somente por aquele raro segundo de vida que passa sem perceber, já vale a pena ter vivido para admirar seu sorriso.


Os olhos, o seu olhar hipnótico que me deixa sem reação
que me deixa nervoso
que me deixa contente.
Nossas duvidas eram tão clássicas,
Nossas vidas também.
Perde-la será o cumulo.
Mas, continuar, sinto nutrir algo conta sua vontade.

Vivo por que respiro, respiro por que duvido.
Mas, não duvido do olhar. Da moça que me fez mudar.

A vontade de gritar o que aconteceu comigo é uma reação exagerada, do mesmo modo que as lágrimas caem.
Eu, sei, ela sabe.
Os momentos dentro de nós, ganham cores que desejamos.
Não insisto, para que ela não desista daquilo que acredita, então, sigo, meu caminho.



A saudade bateu na minha porta!

Antes que ela dissesse que era engano, deixei-a entrar.

Assim sem perceber, nos tornamos grandes amigos.

agora sou eu quem vou visitar!

domingo, 13 de março de 2011

O Lobo da Estepe

Imagine-se num jardim de cem espécies de árvores, com mil variedades de flores, com cem espécies de frutas e outros tantos gêneros de ervas. Pois bem: se o jardineiro que cuida deste jardim não conhece outra diferenciação botânica além do "joio" e do "trigo", então não saberá que fazer com nove décimas partes de seu jardim, arrancará as flores mais encantadoras, cortará as árvores mais nobres, ou pelo menos ter-lhes-á ódio e as olhará com maus olhos. Assim faz o Lobo da Estepe com as mil flores de sua alma. O que não está compreendido na designação pura e simples de "lobo" ou de "homem" nem sequer merece sua atenção. E quantas qualidades ele empresta ao homem! Tudo o que é covarde, símio, estúpido, mesquinho, desde que não seja muito, diretamente lupino, ele atribui ao "homem", assim como atribui ao "lobo" tudo o que é forte e nobre, só porque não conseguiu ainda dominá-lo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ao avesso!

João acordou e esqueceu onde estava ou perdeu a memória.
Isso foi o que ele pensou a olhar o mar à sua frente.
Pensou se tivesse bebido um porre e caísse no sono nas areias da praia, mas uma vaga lembrança veio e descobriu que tinha nojo de qualquer bebida de álcool.

Uma porta no meio do nada, perto das dunas chamou a sua atenção.

Bateu na porta e ninguém atendeu.
Abriu e entrou e ninguém o recebeu.
Olhou ao redor e tudo parecia igual.
Mais igual ao que questionou.

Uecla znuk

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O único da geração.

Favor, ler escutando a música a baixo!

O que vai acontecer amanhã?

Será que devo insistir em saber ou devo adormecer.

O que eu ganho em respirar se o ar que eu respiro me deixa vivo para ver toda essa bagunça de mundo.

Odeio Tudo, odeio tudo aquilo que não tenho.
Amo tudo, amo tudo aquilo que não tenho.

Não sei exatamente o que fazer depois do almoço. Dormir? Caminhar?
Ou quem sabe procurar você? Mas você deve estar dormindo.
Odeio amar você
Odeio não ter você
Amo não ter você

Mas, amanhã, quem sabe não esteja aqui para lhe dizer aquilo que você quer ouvir e aquilo que eu quero lhe falar.

A vida é exatamente isso. Isso que não sentimos. Principalmente o sentimento de culpa de nunca ter te falado a verdade!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Bom Dia VIDA!

Corro atropelando minha vida
Corro como foge da policia
Corre sem medo da morte

A verdade é sempre uma só
Geralmente os mentirosos são os únicos que sabem dela.
O único segredo é que não existe segredo.

Sentimentos me carregam
Sentimentos não me elevam
O adulto só trabalha porque não sabe brincar.
A formiga só trabalha porque não sabe cantar
E eu só escrevo por que não sei caminhar.

O labirinto nunca é infinito.
Infinito são nossos limites
Mas a porta giratória da saída do labirinto sempre nos deixa para o lado de dentro.

Alceu Malucão

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Carambola & Felicidade fatiada.

Amor
Amora
Ameixa
Carambola

Framboesa
Felicidade fatiada e fauna

Feijoada
Rabada
Risoto e coca-cola

Caibrobro, cachaça
Aspirina e beijos bucólicos
Felicidade em 30 vezes sem juros para sua família.

A sua amizade e que me interessa, então passa esse cartão e deixa de conversa.

Só não aceitamos devolução da mercadoria e nem vendemos fiado.
Porque nosso objetivo no final de tudo é vender um caixão para lhe ceder à eternidade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VIVENDO E APRENDENDO A VIVER


Um poema de uma grande amigo dos Bohemios, boa viajem parceiro!!


Quando eu vivo,
eu aprendo.
Quando eu aprendo,
Me sinto ainda mais vivo.
Viver é colocar o aprendizado em prática.
Aprender, é colocar a vida em prática.
Quem vive aprende,
quem sobrevive se arrepende.
Quem aprende, entende o viver.
Quem não entende, se contenta em sobreviver.
Se viver é aprender, quero ser eterno aprendiz,
e se por acaso eu não sobreviver, morrerei feliz.
Quero aprender para não sobreviver
e viver pra não me arrepender.
Rafael M.B.
jan/2011
orbital é seu olhar;
intenso é seu humor;
equilíbrio é seu signo;
dançar a noite inteira;
esta é sua sina!
muitos imploram sua atenção;
mal sabem que esta canção não fala de desejo;
é uma minuta de ensaios;
onde razão e circunstancia dançam;
a dança das palavras;
quem tiver o melhor ritmo é um poeta das falas.

jordane.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Poema do homem do campo



HD, Wi-fi, Blu - ray entretenimento junto com cimento, na cidade não tem mais vento, nem o sono acalento; vivo no esquecimento dos alísios ventos!
Corriqueira passageira trágica vida urbana, nem mesmo na minha cama estou tranqüilo, me grilo noite adentro, entro na madrugada com olhos arregalados, tensão na atmosfera e buzinas nas ruas! A garota nua esquadra o quadro na parede escura! Uma Vênus sem ar, presa no meio de fungos a vagar nos ventos a passar pelas janelas abertas, onde entra o tormento das buzinas e dos ventos!

Tudo não passou de um comercial em alta definição que assisti na minha internet Wi-fi, agora passo para Blu – ray e vou na sala mostrar para meus pais.
jordane

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O otimista inventa o avião, e o pessimista, o para-quedas.



Feliz estava Joaquim pela manhã, que saiu de casa e nem imaginária que iria perder o emprego pela tarde.

Feliz mesmo estava Carla que depositou R$100,00 reais, mas o caixa digitou R$1000,00. - Quanta diferença faz um zero. - Pensou Carla quando refletiu em devolver o dinheiro.

Entretanto, Feliz mesmo estava Mario, o caixa daltônico e míope que depositou dinheiro a mais na conta de Carla. Nem mesmo ele imaginaria que pudesse ser promovido
à gerente pela vaga deixada por Joaquim.

Mas REALMENTE Feliz.
Feliz mesmo.
FELIZ de dar volta ao mundo com os cadarços amarados estava Joaquim.
Nem mesmo o mais otimista poderia imaginar que a perda de seu emprego poderia mudar o destino. Saindo da agência encontrou Carla refletindo se devolveria o dinheiro, sem saber, convidou a moça para tomar um sorvete de uva e passear pelo parque. Para descobrir sua cara metade, desvendou que os números de uma transação econômica não têm nenhum valor comparado ao sorriso de felicidade de Carla.

Alceu

domingo, 9 de janeiro de 2011

O futuro possui dois caminhos... ou mais...

- Quer casar comigo? – gritou Lindalva da varanda do segundo andar quando Pedro se aproximava de bicicleta.

- Mas, não seria eu quem deveria pedir? – Respondeu confuso, Pedro.

- Sim. Mas se você pedisse provavelmente minha resposta seria não. Eu alegaria que faz pouco tempo de namoro e precisaríamos conhecer melhor um ao outro.

- Não estou entendendo. – Disse Pedro coçando sua cabeça.

- Sem problemas é só você dizer sim. – rebateu Lindalva do alto da varanda.

- Mas eu não estava pensando em casar e muito menos te pedir em casamento.

- Não!?

- Não. Eu só ia te convidar para andar de bicicleta.

- Então quer dizer que a resposta é não.

- Não sei. Acho melhor eu subir ai para a gente conversar.

- Não precisa subir se a resposta for não.

- Mas vamos ficar discutindo assim. Você ai em cima e eu aqui em baixo?

- Tem outra idéia?

- Tenho. Você desce e vamos passear de bicicleta. Depois conversamos sobre esse assunto.

- Não estou mais afim?

- De andar de bicicleta ou casar?

- Dos dois.

- E agora?

- Agora está tudo acabado.

- Assim!? Do nada você vai acabar com dois anos de namoro?

- Não me interessa.

- Mas Lindalva. Eu ia pedir sua mão em casamento...

- Você ia me pedir em casamento?

- Sim. Desce daí ou me deixa subir para a gente conversar.

- Mas se você me pedir não sei se eu iria aceitar. Você deveria ter aceitado meu pedido, assim não daria chance para eu pensar em uma resposta negativa.

- Se a resposta sua for sim ou não, não tem problemas. Casando ou namorando eu só quero ficar com você por muitos anos.

- Serio?

- Serio.

- Sim. Se for assim eu aceito.

- Aceita casar ou andar de bicicleta?

- Aceito casar, andar de bicicleta ainda não sei.

- E ser uma esposa você já sabe?

- Pois é. Também não sei. – Disse Lindalva pensativa com os olhos negros de Jabuticaba.

Um silêncio domina os olhares controversos do jovem casal apaixonado e de uma maneira muito natural e bem propicia nessa fase da vida, Pedro sorri para Lindalva que retribui com um lindo sorriso resplandecente.

Aos poucos Pedro sobe na bicicleta e começa a pedalar sobre o olhar atendo de Lindalva.

- Então. Quer aprender a andar de bicicleta?

Alceu

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Uma distração Por favor!



Uma distração Por favor!
Azeitona, cerveja e música,
Outra distração, por favor!
Mulheres dionisíacas!
A sai dera, mestre!
Uma rede debaixo do coqueiro em Salvador.

Agora volta para terra!
Sentiu?
Isso é viver, por mais monótono que pareça!

Fiz isso por 20 anos da minha vida, fiz o absurdo de conhecer todas as praias do Planeta, subi os melhores positivos e negativos do mundo,
Não existe um rally que já não fiz,
Existem casas noturnas que quando sabem que estou na cidade me oferecem seus espaços, caso queria fazer alguma festa particular.
Tenho apenas 40 anos, Não fumo, não como carne, bebo pouco, meus médicos falam que minha expectativa de vida já supera a casa dos 120 anos,
Sou a pessoa mais rica do mundo, e agora josé?

“Ontem” a tarde resolvi sair na rua como vocês classe B A A+, sei lá,
Encontrei uma garota, resolvi testar minhas habilidades sem estar vestido de “Joker/carta coringa/ o bom”, ela tinha feito coisas que nunca fiz, me deu vida, o que fiz por ela?
Arrumei emprego para sua família, e transei com ela por dois anos.

Era uma mulher que não se adequava aos padrões estéticos que minhas empresas vendiam aos vermes! Assim que chamo todos que não estão na minha lista de presentes.
O sonho dela? Ir a Salvador no Brasil dormir em uma rede e beber cerveja com azeitonas ao som de um Samba, a meu ver, já nem tão brasileiro...

Sentiu?
Isso é viver por mais monótono que pareça.

jordane

TEMPO....

_ Vamos dar um tempo.
_ O que quer dizer "dar um tempo"? Cada um vai a uma loja de tempo e compra um tempo? Depois o casal se encontra, trocam-se ou presenteiam-se os tempos e todos ficam empolgados com seus novos tempos? É assim que se resolvem os empecilhos das relações amorosas? E eu que não tenho dinheiro pra comprar tempo? Como é... que eu fico? Eu não tenho tempo.

- Livro: Búfalo - Autor: Botika Botkay

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Mono-helenos


As Moiras, com o fio da vida. Alegoria, por Strudwick (1885).

Não cabe mais a eu decidir se a humanidade irá amar novamente,
Uma serva de Dionísio me trouxe o recado,
Agora nem Hades será capaz de pensar o que farei para os humanos,
Deitarei-me todas as semanas com Afrodite,
Ares será meu amigo e Zeus que se cale!
Hera será minha mucama, e Baco ficara triste esta noite porque não haverá vinho nos sonhos do poeta heleno.
Nem deuses nem humanos serão perdoados,
Na festa que Apolo não foi convidado escravos e mentirosos serão homenageados,
Nem mesmo as Moiras vão conseguir mudar o destino,
E Prometeu descobrirá quem realmente o castigou.
Os trabalhos para Hercules serão revistos,
E por fim, Ésquilo ganhara um novo enredo.

Na loucura de deuses e Titãs novos seres surgiram,
São os monos-poeta, estes que não temem a dor.
Não oram e nem se apegam a símbolos,
Nem mesmo Hefesto os agradou.

Os monos-poeta dominam deuses e titãs, as irmãs que tecem o destino foram ao banheiro e, naquele instante, o fio se transformou em uma serpente, e os morcegos o levaram para terra. Onde nasce os monos-poeta, entre luzes da cidade e histórias helenas. Monos-vida, monos-história, o delírio é a solução para a humanidade, quem disse já venceu os deuses e se decepcionou com seus pares. O monos-poetas que lhe escreve não mais visita os Elíseos.

Jordane

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